A ferida emocional da personagem
Um episódio no passado prejudicou a protagonista provocando-lhe um trauma que ainda a enfraquece no presente.
Olá!
Estou muito feliz por você ler a Aprendiz de escritora e me acompanhar nesta jornada de estruturação do meu primeiro romance.
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Vamos a mais uma cartinha?
A tarefa seguinte na construção de minha história seria definir um evento na vida da minha protagonista que a transformou em quem ela é hoje. Por causa desse acontecimento, ela adquiriu determinadas falhas, medos, inseguranças e comportamentos.
Algo a marcou no passado e a afetou terrivelmente, deixando marcas em sua personalidade. Poderia ser um evento de grande importância, como ter assistido ao assassinato da mãe, ou uma pequena ferida que deixou marcas na personagem, como uma traição de uma amiga, ou uma demissão do emprego dos sonhos. O essencial é que fosse algo que a magoou no passado e continua produzindo reações contraditórias diante de situações semelhantes.
Tal ferida emocional, além de deixar uma fraqueza na personagem, também instaurou nela uma falsa crença relacionada a este fato. Essa mentira na qual a protagonista acredita, em determinado momento, a impedirá de agir e realizar seus desejos.
Então, sem perder de vista a premissa de meu romance, criei uma situação traumática vivenciada pela personagem em seu passado que provocou uma insegurança ao se envolver com as pessoas no presente:
o A protagonista teria sofrido tanto nas mãos do ex-marido, durante anos, a ponto de evitar ter um vínculo mais sério com alguém.
o Ela teme vivenciar tudo novamente, caso venha a conviver com outra pessoa, pois adquiriu uma grande desconfiança em relação aos homens.
o Acredita que os homens são egoístas e abusivos emocionalmente, e que o casamento revela a verdadeira natureza deles.
A partir daí, eu começaria a criar situações que a obrigasse a enfrentar suas inseguranças em se relacionar novamente e derrubar a falsa crença de que o convívio diário sob o mesmo teto revelaria o verdadeiro caráter do homem, transformando a vida a dois em um inferno.
Vocês acompanhariam a trama com o dilema dessa protagonista?
Lendo…
O lobo da estepe, de Hermann Hesse
Hesse vê que, além da negatividade e suas dificuldades da vida, existe o universo imortal superior que abrange o espírito, a arte e o riso, que apresenta um mundo positivo contra o mundo irracional do lobo. Este não é o livro de um homem desesperado. É um livro de um homem que renascerá.
… e relendo.
Como água para chocolate, de Laura Esquivel
Em uma narrativa repleta de receitas, amores e desamores, mitos e lendas, fantasmas e o imaginário coletivo, Laura retrata o México rural dos princípios do século XX como pano de fundo ao prazer dos sentidos e à liberdade criativa da mulher.
Já leram?
Para terminar…
“Passamos tanto tempo observando se nos encaixamos na cama, se sentimos estalinhos no beijo, se nossos signos se complementam no zodíaco, que deixamos de prestar atenção no que realmente importa; os valores. Essa palavra antiga e, hoje, assustadora, nunca deveria sair de moda.
(Diego Engenho Novo, em Palavracronica)
Então é isso.
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Grata pela leitura e até a próxima! ❤️
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